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Alegações falsas de Trump reforçam debate sobre sistema eleitoral de 233 anos dos EUA

By Henrique Gomes Batista

"Temos inveja do sistema eleitoral brasileiro, muito ágil", disse Brian Winter da AS/COA ao O Globo.

A acusação inédita e sem provas contra o sistema eleitoral americano que Donald Trump fez desde a campanha é o maior teste já enfrentado pela democracia americana. Embora a participação recorde em meio à pandemia seja um sinal de vigor e confiança dos eleitores, as alegações do republicano podem, segundo especialistas, deixar feridas, abalando regras não escritas do pacto político. E os resultados apertados e contestados escancaram idiossincrasias do sistema eleitoral que foram desenhadas há mais de dois séculos, na Constituição de 1787, mas que hoje parecem anacrônicas diante da comparação com outras democracias ocidentais —como a escolha indireta do presidente pelo Colégio Eleitoral ou a autonomia local na definição das regras de votação, apuração e proclamação dos resultados…

—Temos um sistema que sofre há anos de falta de investimento, então temos inveja do sistema eleitoral brasileiro, muito ágil. Há uma grande frustração com nosso sistema eleitoral, mas falta um projeto para reformá-lo. Porém, com a polarização, isso não avança, porque é baseado em uma desconfiança histórica do governo federal — afirma Brian Winter, vice-presidente de Políticas do centro de estudos American Society/Council of the Americas, em Nova York. — Muito da eleição é feito por tradição, não por lei, e este questionamento por parte do Trump é muito ruim. Ao menos 25% dos americanos acreditarão que houve fraude, que há um presidente ilegítimo. É uma triste novidade para nós…

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