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'10 medidas' defendidas por Moro e Dallagnol permitiriam que vazamentos fossem usados contra eles na Justiça

By Ricardo Senra

"É muito difícil convencer o público a ignorar informações tão reveladoras com apenas o argumento de que elas foram obtidas de modo ilegal ou ilegítimo", disse Roberto Simon da AS/COA para a BBC sobre os acontecimentos recentes envolvendo Sérgio Moro.

Em giro pelo Brasil para promover as mesmas "10 medidas" desde o ano anterior, o procurador-chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol, fundamentava a proposta dizendo que "as soluções que propomos são dos maiores especialistas no combate à corrupção". Artistas como Susana Vieira, Victor Fasano, Malvino Salvador, Juliana Paes e outros endossaram a proposta em vídeos que logo viralizaram na internet...

Hoje, a situação teria se invertido. "Agora são os defensores dos promotores e do juiz que se valem da ideia de que os fins justificam os meios para defender os diálogos que foram divulgados. Isso mostra que a própria população não vê virtude na obediência às regras e procedimentos, independente do lado."

O ponto de vista é compartilhado por Roberto Simon, chefe do grupo de trabalho anti-corrupção do think tank Americas Society/Council of the Americas, em Nova York.

"O vazamento de informações e o uso do jornalismo investigativo para mobilizar a opinião pública foram elementos essenciais da Lava Jato desde o fim de 2014", diz.

"Agora, é muito difícil convencer o público a ignorar informações tão reveladoras com apenas o argumento de que elas foram obtidas de modo ilegal ou ilegítimo", afirmou, lembrando que nem Moro, nem Dallagnol negaram a veracidade da troca de mensagens.

Leia a história completa aqui.

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