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Impeachment de Trump? Pior para os democratas

By Sérgio Teixeira Jr.

“Muitos candidatos estão percebendo que ter apoiadores comprometidos é mais importante do que ter o apoio de moderados”, diz Brian Winter da AS/COA. 

Uma das peculiaridades das eleições presidenciais americanas é a longuíssima duração da campanha. A votação só acontece em 3 de novembro do ano que vem, porém mais de uma dezena de pré-candidatos democratas estão há meses visitando os estados-chave das primárias e debatendo na TV. Até agora havia pelo menos um consenso entre os postulantes à candidatura do Partido Democrata: falar de políticas e propostas concretas em vez de antagonizar diretamente o comportamento de Donald Trump, a estratégia que fracassou com Hillary Clinton em 2016. Mas o anúncio da investigação do impeachment virou a política americana de cabeça para baixo — e colocou os democratas num impasse sem saídas óbvias...

Apesar de 54% dos integrantes do Partido Democrata se descreverem como “liberais” (em oposição a moderados ou conservadores), segundo uma pesquisa da Universidade de Chicago, o tom esquerdista da campanha democrata também promete ser uma novidade em eleições americanas.

Para Brian Winter, vice-presidente do centro de estudos Americas Society, essa deriva à esquerda se explica por uma mudança na forma de fazer política no mundo. “Muitos candidatos estão percebendo que ter apoiadores comprometidos e energizados é mais importante do que ter o apoio de moderados”, diz Winter. “Isso é especialmente verdadeiro no caso de Warren, que é vista como uma candidata autêntica.” E também é verdadeiro no caso de Trump: bater boca é o que ele mais gosta de fazer, e o processo de impeachment é o pretexto perfeito para entrincheirar sua base eleitoral...

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