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Guerra Israel-Hamas testou papel de mediador do Brasil na ONU

By Fernanda Perrin

O Brasil está sendo percebido como "um país que quer trazer o multilateralismo de volta," disse Brian Winter do COA à Folha de S. Paulo.

Ao assumir a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas em outubro, o objetivo do Brasil era usar o mandato para reforçar sua imagem de mediador e, assim, fortalecer seu pleito por um assento permanente. A eclosão inesperada de uma guerra no Oriente Médio permitiu uma projeção histórica dessa estratégia, mas também mostrou seus limites.

O país conseguiu elaborar uma resolução que obteve 12 votos favoráveis entre os 15 membros do órgão, o melhor desempenho das quatro propostas analisadas até agora. O texto brasileiro, no entanto, foi vetado pelos Estados Unidos. [...]

Durante a presidência brasileira, sete resoluções foram aprovadas, a de maior destaque sendo a autorização para um força policial multinacional liderada pelo Quênia atuar no Haiti. Dado o histórico do Brasil com a ilha, onde liderou uma missão de paz da ONU, começar o mandato com a adoção do texto foi um sinal positivo para o Itamaraty. [...]

A atuação também serviu para o Brasil se recuperar dos danos de imagem sofridos pelas declarações do presidente Lula sobre a Guerra da Ucrânia, como a que equiparou os papéis de Kiev e de Moscou no conflito, e que frustraram americanos e europeus, avalia o analista político e jornalista Brian Winter, vice-presidente da Americas Society/Council of the Americas.

"O Brasil está saindo desse processo mais respeitado e está sendo percebido como um claro exemplo de um país que quer trazer o multilateralismo de volta. A marca Brasil voltou a ser associada a esse desejo de ter fóruns como a ONU, como o Conselho de Segurança, para resolver os problemas do mundo", diz.

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