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Crise do Essequibo ressuscita temor do Brasil sobre presença militar dos EUA na Amazônia

By Leandro Prazeres

"Qualquer invasão teria que passar pelo território brasileiro", disse Brian Winter da AS/COA à BBC News Brasil.

A crise em torno da região de Essequibo, disputada pela Venezuela e pela Guiana, parece ter reacendido um antigo temor comum à direita e à esquerda no Brasil: a presença de tropas norte-americanas em plena floresta amazônica.

A preocupação ganhou novo impulso nesta quinta-feira (07/12) depois que o Comando Sul das Forças Armadas norte-americanas anunciou que irá realizar exercícios militares em parceria com as Forças de Defesa da Guiana.

No Brasil, o principal assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assuntos internacionais, o embaixador Celso Amorim, disse que seu principal temor com a escalada da crise entre Guiana e Venezuela é que ela sirva de pretexto para a presença de militares estrangeiros na Amazônia. [...]

Os analistas consultados pela BBC News Brasil afirmaram que, até o momento, a liderança brasileira na região não estaria afetada pela crise em Essequibo e pelo envolvimento dos norte-americanos.

"Parece que Celso Amorim e outros diplomatas tentam usar a sua influência para pedir calma. Se Maduro vai ouvir é outra história, mas penso que a oposição do governo brasileiro [às ações de Maduro] torna ainda menos provável uma invasão venezuelana. Aparentemente, qualquer invasão teria que passar pelo território brasileiro e não vejo nenhuma circunstância em que isso aconteceria", disse à BBC News Brasil o brasilianista e editor-chefe da revista Americas Quarterly, Brian Winter.

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