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Nova Edição da AQ: Um cenário (relativamente) otimista para a América Latina

Com o avanço do nearshoring e a região produzindo muito do que o mundo precisa, a Americas Quarterly vê tempos melhores para a América Latina

Nova York, 17 de outubro de 2023—“Depois de uma 'década perdida', em que as economias estagnaram na América Latina e no Caribe, um novo otimismo parece estar se instalando em algumas áreas”, escrevem os editores da Americas Quarterly (AQ) na nova edição da revista, que se centra no fato de haver argumentos relativamente otimistas a favor da região nos próximos anos. “É um cenário de otimismo desigual, concentrado em determinados países (especialmente Brasil e México) e certos setores (energia, agronegócio e ‘nearshoring’, entre outros). Mas o resultado final ainda parece ser um aumento do crescimento e uma oportunidade de tempos melhores para os investidores e muitos dos 660 milhões de cidadãos da região”.

Na matéria de capa da nova edição, Brian Winter, editor-chefe da AQ, lista cinco razões para haver otimismo. A primeira é a distância geográfica da América Latina em relação a pontos críticos como a Ucrânia e Taiwan, o que pode proporcionar à região uma certa neutralidade ou “não-alinhamento” que pode atrair investimentos. A segunda é a sua proximidade com os Estados Unidos e a tendência de “nearshoring”, que tem sido mais lucrativa do que alguns previam. Winter também descreve o potencial da América Latina para se tornar uma potência energética e afirma que governos de esquerda desafiaram, na sua maioria, previsões apocalípticas, mantendo uma mão firme na gestão fiscal. Por último, Winter destaca a velocidade “impressionante” da transição da América Latina para uma economia mais digital.

Também nesta edição da revista, a jornalista brasileira Angela Boldrini perfila a deputada federal Erika Hilton, focando na difícil batalha da congressista pelos direitos das minorias no Brasil pós-Bolsonaro. Zahra Burton e Brian Ellsworth apresentam o debate sobre o que ex-colonizadores e traficantes de escravos devem ao Caribe. As complexidades da solidez da democracia na região também está em debate, com Susan Segal afirmando que a democracia é uma das várias razões para pensar que a América Latina tem um futuro brilhante, enquanto a analista política peruana Andrea Moncada escreve em outro texto que vê um caminho difícil pela frente, à medida que mais latino-americanos perdem a paciência com as classes políticas.

Também nesta edição:

A edição completa está disponível em americasquarterly.org. Veja o PDF.

Para solicitar entrevistas com os autores ou solicitar permissão de publicação, entre em contato com o departamento de relações com a mídia da AS/COA em mediarelations@as-coa.org