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Como o lobby do petróleo pode ter feito Trump focar sanções em Maduro, e não na Venezuela

By Ricardo Senra

“Não há vontade pelo governo americano de tomar medidas que prejudiquem os venezuelanos....As sanções atuais e futuras buscarão esse equilíbrio, visando os mais responsáveis pela condição atual da Venezuela”, diz Eric Farnsworth do AS/COA.

Pouco comum, a decisão chama atenção por mirar na pessoa física de Maduro, e não no Estado venezuelano ou em suas empresas, que fornecem 10% do petróleo importado pelos Estados Unidos.

Além do presidente do país sul-americano, apenas três chefes de Estado são alvo de sanções individuais dos EUA: Robert Mugabe, do Zimbábue, Kim Jong-un, da Coreia do Norte, e Bashar al-Assad, da Síria - um "clube exclusivo", conforme definiu H.R. McMaster, conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, em entrevista à imprensa na Casa Branca...

"O foco na pessoa física de Maduro serve para mostrar que os EUA estão fazendo algo. Isso trará algum efeito prático? Minha resposta é não", avalia Richard Nephew, pesquisador sênior do Centro de Política Energética Global da Universidade de Columbia, nos EUA.

"Neste momento, é difícil ver como pressões econômicas individuais podem mudar a postura de Maduro. Ele viu vários aliados tendo seus investimentos congelados nos Estados Unidos nos últimos meses. Se ele manteve negócios por aqui, isso seria no mínimo inocente - e não acho que este seja o caso."

Na última quarta-feira, 13 pessoas ligadas ao governo venezuelano tiveram contas bancárias, negócios e imóveis congelados por apoiarem a convocação da Assembleia Constituinte no país.

Eric Farnsworth, vice-presidente do think tank Council of the Americas, de Washington, discorda e afirma que a medida se concentra "no responsável" pela crise venezuelana...

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