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Índice aponta Brasil mais rico, mas com desafios de inclusão social

By Pablo Uchoa

O Índice de Inclusão Social 2013 da AS/COA indica que o Brasil, apesar de ser uma nação mais rica, fica atrás de líderes regionais em inclusão social.

Um ranking de países latino-americanos indicou que o Brasil de hoje é uma nação mais rica, mas que ainda fica atrás dos líderes regionais quanto o assunto é a inclusão social.

A análise de 16 países, feita por um grupo de estudos com sede em Nova York, olhou para aspectos que vão além de componentes econômicos como, por exemplo, a redução da pobreza, geralmente mencionada como indicador de maior inclusão....

"Nosso índice reflete o consenso emergente de que a inclusão social compreende um ambiente institucional, social, político e de atitudes que vai além da economia e da redução da pobreza e desigualdade", afirmaram os autores.

"No seu sentido mais básico, a inclusão social é uma questão de oportunidade: representa a combinação de fatores necessários para que um indivíduo desfrute de uma vida segura e produtiva como membro totalmente integrado à sociedade – independentemente de raça, etnia, gênero ou orientação social...."

"O Brasil fica para trás na região em termos da percepção pública sobre a capacidade de resposta do governo aos problemas da nação. E é muito difícil mudar isso (a percepção) do dia para a noite", disse à BBC Brasil Christopher Sabatini, diretor de Políticas da organização que criou o índice, o Conselho das Américas.

"Existe uma lacuna de tempo entre fazer isso e as percepções das pessoas mudarem."

Sabatini notou que a desigualdade econômica no Brasil diminuiu em todo o espectro da sociedade, mas a disparidade de acesso a serviços como saúde e educação de acordo com gênero, raça e etnia continua sendo um desafio persistente.

"O problema é que a ineficiência governamental é algo muito difícil de combater. O governo até agora tem se concentrado em macrorreformas em vez de trabalhar mais especificamente nas necessidades básicas como as que o índice aborda", afirma o especialista.

"Não basta simplesmente direcionar os recursos do petróleo para a educação, por exemplo. O que estamos mostrando é uma diferença real de acesso. Botar mais dinheiro em um sistema que já é desigual – seja o sistema educacional, de moradia, de Justiça ou o que for – não vai necessariamente resolver o problema...."

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