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Operação Casa Branca

By Helena Celestino

“Não tem nenhuma dúvida [que] os investidores americanos estão interessados no Brasil” comenta Susan Segal da AS/COA sobre a visita da Presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos.

Dilma ganha ao brigar pela privacidade e ao usar a Casa Branca para mostrar a sua visão do Brasil

Um fora da lei fez a lei mudar nos EUA, alfinetou o editorial do “Guardian”. Pois é, Snowden está no exílio por suas revelações sobre a espionagem em massa da agência de segurança americana, mas foi ele quem levou o Congresso americano a impor limites à rede mundial que invadiu a privacidade de milhões de cidadãos, milhares de empresas e dezenas de políticos, Dilma Rousseff entre eles. Por ironia da História, exatamente no momento em que Obama enfrenta o Congresso para ter o direito de continuar bisbilhotando em nome da segurança americana, é com certa tensão que a visita oficial da presidente brasileira aos EUA começa a ser preparada, ainda com receio de que novas revelações de Snowden possam criar constrangimentos na viagem a Washington, tantas vezes adiada por conta do famoso grampo no celular. “Esse risco sempre existe”, diz um diplomata envolvido na operação “Casa Branca”....

.... que fará da visita um sucesso? “O fato de a visita acontecer”, diz Susan Segal, presidente do Council of the Americas. “A própria retomada dos contatos de alto nível”, diz o top diplomata. “O objetivo da visita é a visita”, reitera Paulo Sotero, diretor do Instituto Brasil do Wilson Center. Eles referem-se à superação do longo mal-estar entre os dois presidentes que levou ao adiamento da visita de Estado em 2013 e exigiu um longo balé diplomático até a viagem ser reagendada.

O mundo rodou e a ficha caiu: a foto de Dilma e Obama na Casa Branca vale mil palavras. O restabelecimento da boa relação entre Brasil e EUA é parte da mensagem que o governo quer passar para os investidores internacionais, desanimados com as constantes notícias de crise econômica e política vindas do emergente da América Latina. A programação desenhada dá o tom da visita: “Avançar nos contatos governo a governo e no contato governo com setor privado nas áreas de maior interesse brasileiro — investimento, infraestrutura, inovação”, diz um enturmado.

“Os investidores querem ouvir de Dilma a verdade sobre o Brasil. Não tem nenhuma dúvida, os investidores americanos estão interessados no Brasil”, diz Segal....

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