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As Metrópoles da América Latina, 18301930 (The Metropolis in Latin America, 18301930) em exposição 22 de março

A exposição da Americas Society explora o impacto que um século de urbanização acelerada tiveram nas paisagens arquitetônicas de seis capitais latino-americanas...

Mostra organizada pelo Getty Research Institute

Em exposição na Americas Society, de 22 de março a 30 de junho de 2018

Curadoria de Idurre Alonso e Maristella Casciato

Acesso exclusivo para a imprensa: 21 de março, das 17h às 19h

Vernissage aberto ao público: 22 de março, das 19h às 21h

Assessoria de imprensa: mediarelations@as-coa.org | 1-212-277-8384 |

1-212-277-8333
 

Nova York— A Americas Society tem o prazer de apresentar As Metrópoles da América Latina, 1830-1930, uma exposição que explora o impacto que um século de urbanização acelerada, bem como as transformações políticas e sociais, tiveram nas paisagens arquitetônicas de seis capitais latino-americanas: Buenos Aires, Havana, Lima, Cidade do México, Rio de Janeiro e Santiago do Chile. Com curadoria de Idurre Alonso e Maristella Casciato, a mostra As Metrópoles da América Latina, 1830-1930 estará em exibição na Galeria de Arte da Americas Society de 21 de março a 30 de junho de 2018. A exposição apresenta mapas raros, gravuras, desenhos, fotografias, livros e vídeos, que incluem desde o mapa de Hernán Cortés de Tenochtitlán (1524) aos desenhos que Le Corbusier fez de Buenos Aires quando visitou a cidade em 1929. Uma recepção com acesso exclusivo para a imprensa será realizada no dia 21 de março de 2018 a partir das 17h. RSVP: mediarelations@as-coa.org.

A mostra esteve em exibição no Getty Research Institute (GRI), em Los Angeles, como parte da abrangente programação da Getty Foundation dedicada à arte latina e latino-americana Pacific Standard Time: LA/LA. As Metrópoles da América Latina, 1830-1930 se baseia nas coleções do GRI para documentar como, no curso de um século, importantes cidades da América Latina experimentaram rápido crescimento e convulsões socioeconômicas que redimensionaram a escala urbana e a paisagem arquitetônica, o que propiciou condições ideais para o surgimento das metrópoles.

“A conjuntura que se seguiu aos processos de independência da região, do México à Argentina, desencadeou uma miríade de iniciativas locais que levaram à reorganização das cidades, indo de repúblicas recém-libertadas aos Estados-nação que precederam a Segunda Guerra Mundial”, explica a diretora de Artes Visuais e Curadoria da Americas Society Gabriela Rangel. "A exposição Metropolis é uma iniciativa que revela a importância da pesquisa de arquivo sobre um período que, de maneira geral, não recebeu atenção dos estudos acadêmicos nos Estados Unidos sobre a América Latina. Após a exploração da Americas Society sobre o surgimento do design moderno de meados do século XX na exposição de 2015 MODERNO: Design for Living in Brazil, Mexico, and Venezuela 1940-1978, nossa meta é apresentar um passo anterior na configuração de impulsos e projetos modernos para o ambiente urbano nas pequenas cidades e grandes capitais".

"Durante quase quatro séculos de domínio colonialista, o planejamento urbano foi usado como uma ferramenta-chave para construir cidades que precisavam ser comercialmente funcionais e militarmente estratégicas", diz a curadora da exposição e curadora associada da arte latino-americana do instituto de pesquisa Getty, Idurre Alonso. “Esta exposição acompanha as mudanças em seis grandes capitais, à medida que a independência, a industrialização e o intercâmbio de ideias alteraram seus espaços edificados, eventualmente transformando-os em novas metrópoles modernas e monumentais".

Após a independência, os povos da América Latina se contagiaram de um desejo urgente de romper com o passado colonial. Esse desejo foi expresso por meio da arquitetura e do planejamento urbano, entre outras formas. Numa época de intenso crescimento e mudanças sociais e demográficas, as cidades começaram a se reestruturar, removendo ou reduzindo a proeminência dos símbolos coloniais ao construir novos edifícios cívicos que enfatizavam suas novas identidades de nações independentes. “As metrópoles latino-americanas foram drasticamente reconfiguradas, tornando-se laboratórios experimentais onde o planejamento científico se misturou com o ambiente natural para criar uma abordagem de design urbano voltada para o futuro”, diz a curadora da exposição e especialista em arquitetura do instituto de pesquisa Getty, Maristella Casciato.

No última parte do século XIX, mudanças significativas, incluindo a migração maciça para as cidades e o início da industrialização local, resultaram em um novo desenvolvimento urbano. Para se ajustar ao estilo de vida de uma nova burguesia, as capitais foram luxuosamente embelezadas com grandes avenidas. Em cidades importantes, como Buenos Aires, Cidade do México e Rio de Janeiro, o fascínio pelas grandes obras (grands travaux) parisienses do segundo império francês resultou na adoção de modelos de planejamento europeus. Redes radiais de avenidas, além de novos bulevares, parques públicos e jardins botânicos transformaram as cidades. No entanto, o legado da cidade colonial ainda era visível. Por exemplo, a praça cívica continuou sendo o centro cultural de muitas cidades, como ocorria na era colonial.

Na década de 1910, grandes celebrações na América Latina marcaram 100 anos de independência. Essas comemorações, que coincidiram com o fim da Primeira Guerra Mundial e com um aumento significativo da imigração da Europa, provocaram uma redefinição da identidade nacional. Arquitetos, urbanistas e políticos iniciaram um retorno às tradições arquitetônicas locais, renunciando à influência europeia do século XIX em favor de estilos pré-colombianos e de uma reinterpretação da era colonial.

Nas décadas que se seguiram, uma nova geração de projetistas latino-americanos passou a inserir em suas obras visões utópicas de modernidade, o que implicava em transformações  e reconfigurações urbanas. Eles conceberam a metrópole como uma cidade para todos, com sistemas habitacionais padronizados e uma nova ordem de funcionalidade. As Metrópoles da América Latina, 1830-1930 cria uma rica narrativa visual que permite a compreensão de como esse período possibilitou o surgimento de uma linguagem arquitetônica modernista.

Saiba mais sobre a exposição.

A mostra foi organizada pelo Getty Research Institute, de Los Angeles, e fez parte da exibição Pacific Standard Time: LA/LA no Getty Center (de 16 setembro de 2017 a 7 de janeiro de 2018).

A Americas Society agradece o apoio dos membros do Arts of the Americas CircleEstrellita Brodsky; Galeria Almeida e Dale; Kaeli Deane, Phillips; Diana Fane; Boris Hirmas; Isabella Hutchinson; Roberto Redondo e Carlos Manso; Erica Roberts; Sharon Schultz, Herman Sifontes Tovar; Axel Stein; Edward J. Sullivan; e Juan Yarur Torrres.

A exibição de The Metropolis in Latin America, 1830-1930 na Americas Society foi possibilitada pelo Conselho de Estado das Artes de Nova York com o apoio do governador Andrew M. Cuomo e da Assembleia Legislativa do Estado de Nova York, e é apoiada, em parte, pelos fundos públicos do Departamento de Assuntos Culturais da Cidade de Nova York em parceria com a Câmara Municipal.

Apoio adicional foi fornecido pela Fundação Achelis e Bodman, a Fundação Smart Family de Nova York, Genomma Lab Internacional, The Cowles Charitable Trust, e pela AMEXCID, o Consulado Geral do México e o Instituto Cultural Mexicano de Nova York.Agradecemos o apoio a este evento ao Consulado Geral e Centro de Promoção da República da Argentina em Nova York.

Crédito de imagem: A Cidade do Futuro: Cidade de Cem Histórias em Estilo Neo-Americano, Francisco Mujica, 1929. De Francisco Mujica, História do Arranha-céu (Paris, 1929), pl. 134. O Getty Research Institute, 88-B34645.

PROGRAMAÇÃO PARA O PÚBLICO

EM EXPOSIÇÃO
22 de março  a 30 de junho de 2018
Americas Society

680 Park Avenue, esquina com 68th Street
Nova York, NY 10065
Veja o mapa
Horários da galeria:
De quarta-feira a sábado
Das 12h00 às 18:00
Entrada grátis
 
BATE-PAPO: PLANEJAMENTO DA METRÓPOLIS DA AMÉRICA LATINA, 1830-1930
Na véspera da abertura de As Metrópoles da América Latina, 1830-1930, as cocuradoras Maristella Casciato e Idurre Alonso, juntamente com os professores Luis Carranza (Columbia GSAPP), Patricio del Real (Universidade de Harvard) e Galia Solomonoff (Universidade de Columbia) examinam o crescimento e as transformações dos centros urbanos na América Latina do século XIX e início do século XX.
Segunda-feira, 19 de março de 2018
Das 18h às 20h
Center for Architecture (536 LaGuardia Place, New York, NY)
Entrada grátis
 
PRÉVIA PARA A IMPRENSA

Quarta-feira, 21 de março de 2018
Das 17h às 19h
Americas Society
 
ABERTURA DA MOSTRA
Quarta-feira, 21 de março de 2018
Das 19h às 21h
Americas Society
Entrada grátis
 

LANÇAMENTO DO LIVRO: THE MOBILITY OF MODERNISM
Terça-feira, 3 de abril de 2018
18:30h às 20:30h 

Com Harper Montgomery and Edward J. Sullivan.
Americas Society
Entrada grátis
 
PAINEL: CONTEMPORARY CITIES - URBAN AND ARCHITECTURE PRACTICES ABOUT LATIN AMERICA
Quarta-feira, 11 de abril de 2018
19h às 21h

Co-organizada com Columbia GSAPP Incubator.
Americas Society
Entrada grátis
 
BOOK LAUNCH: EMBODYING COM HOOR AL QASIMI E GABRIELA RANGEL
Sexta-feira, 13 de abril de 2018
18:30h às 20:30h 
Americas Society
Entrada grátis
 
JUAN TESSI IN CONVERSATION WITH VERÓNICA FLOM
Quarta-feira, 4 de maio de 2018
18:30h às 20:30h 
Americas Society
Entrada grátis
 

PAINEL: AN ATTEMPT TO BECOME MODERN
Quinta-feira, 10 de maio de 2018
18:30h às 20:30h 
Americas Society
Entrada grátis
 
Para mais detalhes sobre nossa programação para o público, visite as-coa.org/visualarts

Americas Society é a primeira organização dedicada à educação, debates e diálogo das Américas. Estabelecida por David Rockefeller, em 1965, ela tem como missão incentivar o entendimento das questões sociais, econômicas e políticas  e contemporâneas que confrontam a América Latina, o Caribe e o Canadá, e aumentar a consciência e a valorização públicas sobre a diversidade da herança cultural das Américas, assim como a importância do relacionamento interamericano. O programa de artes visuais da Sociedade das Américas possui o espaço privado mais antigo dos Estados Unidos dedicado a exibir e promover arte da América Latina, Caribe e Canadá; alcançou uma posição de liderança única e renomada no campo, produzindo exposições históricas e contemporâneas.

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