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A conversa é com Chávez

By Thais de Luna

O Vice Presidente de AS/COA Eric Farnsworth comenta sobre a futura dinâmica política no Mercosur após a vitória do Presidente Venezuelano Hugo Chávez.

Superado o desafio de vencer nar urnas o candidato da oposição, Henrique Capriles Radonski, e conquistar mais um mandato como presidente da Venezuela, Hugo Chávez agora tem pela frente o processo de adaptação ao Mercosul. Embora o ingresso do país no bloco tenha sido formalizado há três meses, a primeira reunião do grupo em que a Venezuela atuará como sócio pleno está prevista apenas para dezembro. Por isso, a eleição presidencial do último domingo foi acompanhada com especial interesse na vizinhança. Os governos de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai — que está suspenso até abril de 2013, devido ao impeachment relâmpago do presidente Fernando Lugo — aguardavam uma definição quanto ao colega com quem terão de negociar e lidar nos próximos seis anos. Segundo analistas ouvidos pelo Correio, os sócios encaram o quarto mandato do novo parceiro um prolongamento do processo iniciado com o pedido de adesão, feito em 2006.

Cristina Kirchner, presidente da Argentina, foi a primeira líder a demonstrar sua satisfação com a continuidade de Chávez, que governa o país desde janeiro de 1999. “Sua vitória é uma vitória para a América Latina”, comentou na rede social Twitter. Dilma Rousseff, ao telefonar para o colega para parabenizá-lo, se dispôs a trabalhar com o bolivariano, por meio de mecanismos de integração regional, por uma América do Sul “mais justa e igualitária”. O especialista em Venezuela Eric Farnsworth, vice-presidente do Conselho das Américas, instituto dos EUA, lembra que Brasil e Argentina têm uma série de acordos com a Venezuela, especialmente no setor energético....

Como membro do Mercosul, a Venezuela pretende defender o ingresso do Equador e da Bolívia, como destacou Chávez após ter sido eleito. “Seria muito positivo se os dois países se incorporassem a médio prazo”, afirmou. Ambas as nações já solicitaram formalmente a adesão, mas não há prazo para a tramitação dos processos. Farnsworth acredita que levar qualquer um desses países para o Mercosul, atualmente, enfraqueceria o bloco no aspecto econômico. “No entanto, como o presidente Chávez procura aumentar sua visibilidade e reivindicar a liderança dos esforços pela integração da América do Sul, faz sentido que lute pela inclusão....”

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